Ciência Panlar
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Os desafios de ser um centro de excelência

Por : Estefanía Fajardo
Periodista científica de Global Rheumatology by PANLAR.



15 Fevereiro, 2021

https://doi.org/10.46856/grp.21.e065

"Este processo, após definir padrões por consenso e níveis de acreditação, visa verificar e certificar aquelas instituições que atendem a população com doenças reumáticas que cumprem com padrões elevados no atendimento a pacientes com artrite reumatoide."

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Os desafios de ser um centro de excelência

“Este processo de acreditação permitiu-nos autoavaliar, medir-nos nos processos assistenciais que realizamos, e acreditamos que de um modo geral tem nos permitido melhorar os resultados clínicos e as condições de saúde dos doentes; por outro lado, promove sobremaneira uma cultura de qualidade e os seus próprios processos de pesquisa. Finalmente, criar um modelo de gestão para doenças crônicas como estas requer uma cultura organizacional, com uma boa capacidade de inovação e um compromisso com a qualidade e os melhores resultados clínicos, mas no final das contas, oferece oportunidades muito interessantes no desenvolvimento no nível pessoal e grupal.”, explica Dr. Pedro Santos-Moreno, coordenador do projeto Centros de Excelência e Grupo Especial Real-Panlar.

Ele fala sobre os Centros de Excelência. Um processo nada fácil cujo objetivo é certificar as instituições que cumprem os padrões definidos pela PANLAR no atendimento dos pacientes com artrite reumatoide.

 “O que se quer é que a qualidade de vida dos pacientes com artrite melhore a partir de um diagnóstico adequado, da gestão pertinente e oportuna sob os mais elevados padrões de qualidade em saúde”, acabando a conversa em que a Paula Beltrán, enfermeira profissional, mestre em saúde pública e acompanhante da PANLAR no projeto de certificação dos Centros de Excelência fazendo parte da instituição certificadora, Cencisalud, falou por vários minutos. Esta mensagem final, talvez, seja o que dá aos pacientes com doenças autoimunes uma esperança diferente, o que gera uma confiança particular nos seus médicos e o que, de uma forma ou de outra, cria um vínculo diferente entre médicos, instituições e pacientes educados e treinados.

“Em 2020 fechamos o primeiro ano de certificações após três anos de definição do processo e certificação dos cinco primeiros centros em agosto passado”, explica Beltrán para dar uma visão geral do que abrangem esses processos e o caminho percorrido.

É uma iniciativa, diz ele, “em que se gerou uma preocupação nos médicos especialistas de um determinado nível. É uma estratégia que desafia as instituições e que aos poucos os introduz na cultura da melhoria contínua, por isso são muitas as oportunidades, especificamente na qualidade da saúde”, afirma.

Também garante que a PANLAR busca promover esta cultura nas instituições que atendem pacientes com artrite reumatoide na região. “Desde as etapas iniciais, até atingir a certificação, permitem gerar um comportamento autocrítico, cultura de aprimoramento próprio dos seus processos assistenciais, administrativos, clínicos, a fim de atingir os melhores indicadores clínicos dos pacientes com AR”.

PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO

“A primeira coisa que os centros devem cumprir e que deve passar para iniciar o processo é ter vontade política, a partir das diretrizes da instituição, e o desejo de melhorar a qualidade do atendimento dos dirigentes dos centros”, diz Beltrán.

Para isto, acrescenta, o trabalho em equipe é muito importante, o sucesso da estratégia está na sinergia entre as partes administrativa, diretivas e de especialistas. Não se trata de uma ilha separada, mas sim de um projeto institucional, que facilita a adesão a novos processos, mudanças de cultura, se houver necessidade de investimentos, mudanças na infraestrutura, aumentos no orçamento. No entanto, isso não é uma exigência, algumas iniciativas de certificação têm sido promovidas por líderes dos processos assistenciais na AR com sucesso.

“Pode-se partir da visão autocrítica dos processos, de forma fundamentada, estabelecendo metas de melhoria alcançáveis ​​e assim iniciar os processos com firmeza”, garante.

Os padrões desta certificação foram definidos por um consenso de especialistas (1) para estabelecer quais eram os requisitos mínimos, com base na evidência, na experiência e nos contextos dos diferentes países que compõem a PANLAR.

“Foram definidos três níveis de certificação (2). Dependem da robustez da instituição, do tamanho, do número de pacientes e dos especialistas necessários: padrão, ótimo e modelo”, afirma, explicando também que isto não significa que um seja melhor do que o outro. Todos os três possuem diferentes níveis de desenvolvimento e dependem da experiência da instituição, tempo, indicadores, entre outros.

Os níveis foram estabelecidos com o intuito de que todos os tipos de instituições - tendo em conta os diferentes contextos - tivessem dinâmicas distintas e pudessem ser identificadas com um certo número de padrões em alguns dos tipos de centros de excelência. Uma vez definidos, em termos de evidências científicas e contextos, os três tipos foram determinados e a estratégia foi lançada.

“É um modelo de atenção à saúde inovador, multidisciplinar e interdisciplinar baseado em dez conceitos-chave, afirma o Dr. Santos:

  1. O processo de triagem dos pacientes para um diagnóstico mais assertivo,
  2. O modelo de atenção integral multi e interdisciplinar,
  3. Um protocolo de tratamento bem estabelecido adaptado às realidades locais,
  4. O tratamento focado na obtenção de resultados clínicos individuais e em grupo,
  5. Farmacovigilância e processo de atenção farmacêutica,
  6. Uso adequado de indicadores de gestão,
  7. Educação para profissionais da saúde e pacientes,
  8. O uso de prontuários eletrônicos no atendimento diário,
  9. Mineração de dados para pesquisa local e tomada de decisão, e
  10. Custo-efetividade para garantir a sustentabilidade econômica dos prestadores de cuidados da saúde e dos sistemas de saúde

 

Seguindo as etapas para obter a certificação como Centro de Excelência, segue-se oficialmente declarar a sua intenção (3,4), explicar como o centro está composto e iniciar a avaliação para saber a que tipo pode-se candidatar. “Eles fazem um inventário de como são, quem está vinculado, as diferentes disciplinas, o suporte terapêutico, especialistas, que equipes têm”, diz.

Neste sentido, a PANLAR ofereceu uma plataforma virtual gratuita para o treinamento em questões de qualidade em saúde com oito módulos. Isto possibilita compatibilizar os conhecimentos básicos que devem ter-se da qualidade em saúde e começar a envolver aos profissionais do centro.

Por ser um processo voluntário, o objetivo era informar sobre a realidade da instituição, o que está disponível e aderir aos processos reais de atendimento. “Para obter os insumos e desenhar o plano de melhorias para a certificação, o próximo passo”.

“O projeto Real-Panlar visa implantar e credenciar Centros de Excelência na Artrite Reumatoide (AR) em toda a América Latina, tudo isto com o apoio do Centro de Acreditação PANLAR”, afirma o Dr. Santos. Este projeto teve apoio irrestrito da PANLAR desde o seu início para garantir a sua permanência e continuidade, sendo os seus objetivos de longo prazo:

• Criação de uma rede de centros de excelência na artrite reumatoide na América Latina.

• Geração de padrões mínimos de atendimento na AR.

• Geração de guias de cuidados clínicos adaptados para o nosso continente.

• Geração de indicadores de gestão adequados a cada país.

• Criação de um centro de acreditação.

• Criação de um centro de melhoria contínua da qualidade.

• Gerar pesquisas regionais por países e América Latina

 

O próximo passo foi definir um tempo para a execução do que não se tinha, “não procuramos impor como as coisas deveriam ser feitas, mas sugerir quais, isto é, os padrões de cada tipo de centro”, diz Beltrán, levando em consideração o contexto, a população, a política de saúde do país para fazer a adaptação, que ele chama de “um processo norteador com a promoção da cultura de melhoria contínua”.

A próxima etapa foi a revisão da conformidade. “A pré-visita é agendada por verificadores locais, ou seja, reumatologistas envolvidos nos processos e que conhecem as normas. Eles viajaram até a instituição para avaliar o cumprimento e fazer uma verificação prévia para que a visita final, a última etapa, resulte positiva”, explicou.

A partir daí, foi gerado um segundo plano de melhorias, tempos para a execução dos pontos e, com isso, ficava pronto para receber a visita de certificação. “É feito diretamente. Fizemos dois pessoalmente na Argentina, o Hospital Italiano em Buenos Aires e o Hospital Italiano em La Plata. A pandemia obrigou os seguintes a irem virtualmente, fazendo adaptações ao processo”, diz Beltrán.

A visita analisa como são executados os processos para cumprir cada norma, com o intuito de documentar as boas práticas, o que está sendo bem feito e o que pode ser melhorado. “A questão da saúde é dinâmica, evolui a cada dia e podem surgir oportunidades de melhorias”, afirma Beltrán, explicando que depois desta última etapa é feita a certificação.

SELO DE EXCELÊNCIA

O processo, por ser voluntário, requer de forma importante o comprometimento do líder, pois é a engrenagem que mobiliza o restante dos processos para que os objetivos propostos sejam alcançados, além de vincular aos pacientes.

“Para os pacientes, ter um selo de excelência deve dar-lhes tranquilidade, um conhecimento prévio da instituição, uma marcação prévia do local onde vou ser tratado. Sabendo que teve um processo para obter a certificação e que melhora a cada dia, a intenção de querer fazer bem”, disse Beltrán. Ele acrescenta que o fato de medir e comparar com os padrões existentes “dá um pouco de tranquilidade de que se deseja evoluir e melhorar”.

Atualmente estão em andamento quatro instituições da Colômbia, Chile e República Dominicana em diferentes estágios. Um na autoavaliação, no plano de previsão de melhorias e no processo de execução nas outros três.

Entre os aspectos mais comuns com os quais as instituições que entram neste processo estão de acordo está o da evidência e documentação do que é feito. “Estamos acostumados a fazer muitas coisas, mas não documentar e dizer como foi feito, e no final perceber que era melhor de outra forma. Isso, por exemplo, é um processo de melhoria não documentado”, indicou.

“Muitas coisas são definidas pelas normas e as instituições já estão fazendo, mas não há evidências documentais, então temos que nos acostumar a dizer por que e como eu faço. Sabemos que o padrão é atendido, mas não há como apoiá-lo e por isso é preciso começar a reconstrução”, afirmou.

Instituições de 7 países candidatadas, Colômbia (5) foi o país com maior número de instituições candidatas, seguido pelo Chile (4), Argentina (2), seguido pelo Peru (1), República Dominicana (1), Equador (1)) e México (1).

Até o momento, cinco instituições foram certificadas:

• Hospital Italiano de Buenos Aires, Argentina. (Modelo)

• Hospital Italiano de La Plata, Argentina. (Modelo)

• Biomab IPS, Bogotá, Colômbia. (Modelo)

• Hospital Nacional Guillermo Almenara Irigoyen, Lima, Peru. (Modelo)

• Clínica Ciudad del Mar, Viña del Mar, Chile. (Ótimo)

 

Em relação aos pacientes, afirma Beltrán, é uma garantia de que se trata de uma instituição interessada na melhoria contínua da qualidade dos seus processos assistenciais. “Se estou disposto a melhorar continuamente, devo sempre conhecer as melhores práticas clínicas para o manejo da doença, estar no processo constante de treinamento e indução da minha equipe. Além disso, a visão dos Centros de Excelência PANLAR é o cuidado centrado no paciente, que é o eixo central de todo o processo”.

Isso significa que o paciente participa ativamente do seu tratamento, participa das decisões compartilhadas entre ele e o médico, “um salto na evolução do cuidado que conhecemos por vincular ao paciente e que garante a adesão às terapias e melhora a qualidade de vida”.

“Para o paciente, estar vinculado a um dos nossos centros significa ter recursos disponíveis como programas de educação, gestão interdisciplinar, instituições interessadas em ter um modelo assistencial, não apenas atendendo isoladamente, mas respondendo a um modelo desenhado e com objetivos terapêuticos”, adicionou.

CENTROS DE EXCELÊNCIA

Cada um dos Centros de Excelência, falou conosco sobre este processo e o que ele significa no seu trabalho ao serviço dos pacientes:

Hospital Nacional Guillermo Almenara Irigoyen EsSalud, Lima, Peru

Rocío Gamboa Cárdenas, coordenadora da Unidade Funcional de Artrite Reumatoide do serviço de reumatologia da instituição.

O processo de certificação foi uma experiência única, foram 2 anos de trabalho, primeiro com a formação em questões de melhoria da qualidade, que entre outras coisas nos ajudou a “colocar a casa em ordem”. Os indicadores propostos pelo REAL PANLAR permitiram organizar vários pontos de melhoria dos nossos processos, mas sobretudo nos fizeram acreditar como um grupo de trabalho humano, uma vez que a tarefa era partilhada pelas características dos requisitos que abrangem múltiplos aspectos.

Percebemos que estávamos fazendo várias coisas que a certificação exigia, mas começamos a documentá-las sistematicamente, era também uma oportunidade de implementar outras, por exemplo, o instrumento de captura precoce de artrite e o instrumento de avaliação clinimétrica para os nossos pacientes mudou muito graças às diretrizes que nos apresentaram, que foi um desafio apara implementar, mas conseguimos fazer com que as nossas autoridades percebessem que valeu a pena.

Um ponto importante estava relacionado à sustentabilidade e graças ao REAL PANLAR percebemos que somente com a nossa própria guia poderíamos apoiar o modelo assistencial, isso nos levou a fazer parte da atual guia de gestão da AR que rege o seguro social do país.

Foto 1: Consulta no Hospital Almenara: Lima. Peru

 

Hospital Italiano de La Plata, Argentina

Rodrigo García Salinas, chefe da Unidade de Reumatologia do Hospital Italiano de La Plata.

A nossa instituição possui uma política de qualidade que se baseia na melhoria contínua do nosso atendimento, para atender às necessidades dos pacientes e dos seus familiares, e atender às exigências dos órgãos reguladores e demais partes interessadas, promovendo a definição de objetivos de qualidade e segurança. Uma gestão baseada em processos, utilização de indicadores para acompanhamento e avaliação de objetivos e processos, participação e formação de recursos humanos, conjugando esforços na definição e implementação de medidas preventivas e corretivas e oportunidades de melhoria, e na utilização de tecnologias, que simplificam o dia a dia e favorecer a integração do hospital com a comunidade.

O trabalho realizado foi muito útil para reafirmarmos o que estávamos fazendo bem, melhorar o que fizemos de errado e nos comprometermos com o desafio da melhoria contínua. Não temos dúvidas de que a acreditação PANLAR CoE terá um impacto não apenas nos nossos pacientes, mas em toda a comunidade e é uma mudança de paradigma na forma de gerenciar patologias crônicas não transmissíveis. Este processo reafirma o que diz a nossa missão: “colocar ao paciente e à família no centro”.

 

Foto 2: Equipe da Unidade de Reumatologia do Hospital Italiano de la Plata

 

Hospital Italiano de Buenos Aires, Argentina

Johana Zacariaz H, reumatologista, médica da seção de Reumatologia do serviço de Clínica Médica do Hospital Italiano de Buenos Aires (HIBA)

Foi uma tarefa árdua que exigiu uma formação prévia da PANLAR, o que tornou mais gratificante ter recebido este reconhecimento. A formação contribuiu para aprender a organizar melhor as tarefas que já vínhamos realizando no setor de acordo com os padrões da boa prática clínica, e para destacar as áreas em que precisávamos melhorar. O desafio de ser avaliado pelo REAL PANLAR, e atingir os objetivos, também foi estimulante.

Conseguimos uma maior articulação de trabalho entre os membros da secção de reumatologia e outros especialistas do centro, mantendo um registo das conferências virtuais com a participação dos referidos profissionais.

O uso da virtualidade nos permitiu um maior encontro de profissionais de diferentes áreas na discussão dos casos clínicos dos pacientes avaliados em conjunto. Garantindo educação continuada, trabalho interdisciplinar e alinhamento das condutas médicas a partir da análise de casos. Ao mesmo tempo, a maioria das atividades acadêmicas foi virtualizada, o que permitiu uma maior convocação de reumatologistas e médicos em formação para congressos nacionais e internacionais, e a participação de colegas e especialistas de diferentes áreas e regiões geográficas.

Clínica Ciudad del Mar

Alejandra Rojas de Reyna, Enfermeira de Programas de Saúde e Ricarte Soto Law

O processo foi realizado em colaboração com a equipe do nosso Centro de Excelência em Artrite Reumatoide, em conjunto com a Karla Benz, vice-diretora clínica.

Como grupo, pudemos perceber aquelas fortalezas que devemos manter e melhorar ao longo do tempo, também nos permitiu observar aquelas deficiências que devemos corrigir em prol da nossa certificação, crescimento profissional e bem-estar dos nossos pacientes.

O principal diferencial está na forma de trabalho que realizamos como Centro de Excelência em Artrite Reumatoide, orientando o trabalho interdisciplinar. Por outro lado, é um reconhecimento ao trabalho colaborativo, destacando a importância do nosso Centro também a nível local e nacional

Foto 3: Visita virtual de verificação com a equipe da Clínica del Mar. Viña del Mar. Chile

 

Biomab IPS, Derly Duarte Hurtado, Auditor e Qualidade

Em meados de 2020, a última visita para verificar os requisitos foi realizada de modo virtual dadas as condições da pandemia covid-19, onde o REAL PANLAR determinou os avanços e as ações implementadas, os pontos fortes e as oportunidades de melhoria dos processos, evidenciando o cumprimento dos 81 requisitos contemplados nas disposições.

Como resultado desta visita, o Biomab IPS obteve a certificação como Centro de Excelência em Artrite Reumatoide Tipo Modelo, onde o organismo certificador expressou como pontos fortes a vontade das diretivas IPS a favor da melhoria contínua nos processos do centro, a qualidade de saúde estabelecida, a coerência entre os processos, procedimentos e mensuração dos resultados de saúde com o Modelo de atenção ao paciente com AR e todos os seus componentes, destacando-se o manejo adequado por processos no IPS, integrando os conceitos essenciais dos padrões REAL-PANLAR, entre outros

Referências 

  1. Santos-Moreno P, Galarza-Maldonado C, Caballero-Uribe CV, Cardiel MH, Massardo L, et al. REAL-PANLAR Project for the Implementation and Accreditation of Centers of Excellence in Rheumatoid Arthritis Throughout Latin America: A Consensus Position Paper From REAL-PANLAR Group on Improvement of Rheumatoid Arthritis Care in Latin America Establishing Centers of Excellence. J Clin Rheumatol. 2015 Jun;21(4):175-80. doi: 10.1097/RHU.0000000000000247.
  2. Santos-Moreno P, Caballero-Uribe CV, Cardiel MH, Galarza-Maldonado C, Massardo L, et al. A Consensus Position Paper From REAL-PANLAR Group About the Methodological Approach for the Accreditation Process of Centers of Excellence in Rheumatoid Arthritis in Latin America. J Clin Rheumatol. 2019 Jan;25(1):54-58. doi: 10.1097/RHU.0000000000000773. 
  3. Santos-Moreno P, Caballero-Uribe CV, Massardo ML, Maldonado CG, Soriano ER, et al. Systematic and progressive implementation of the centers of excellence for rheumatoid arthritis: a methodological proposal. Clin Rheumatol. 2017;36 (12):2855-58.
  4. PANLAR. Proceso de acreditación de centros de excelencia en artritis reumatoide – grupo especial Real-PANLAR. 2020. 6. Disponível em: https://www.panlar.org/sites/default/files/documento_tecnico_espanol_0.pdf
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